sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mudanças climaticas e a nova Arena Global.

Depois de alimentar grandes expectativas, um dos maiores fóruns ambientais se encerrou sem mudanças significativas em torno de seu principal objetivo que é a diminuição da temperatura global, assim como o compromisso dos 192 países de reduzir as emissões de CO² em pelo menos 20% a 40% tendo como ano base 1990, e não o ano de 2005 como o proposto pelo congresso norte americano. Pois bem, as mudanças climáticas, têm desdobramentos de muita importância na diplomacia dos paises, a influência desse tema transforma o mundo numa verdadeira arena de conflitos, tanto políticos, econômicos e até militares. Um exemplo disso é o conflito que se estende a 60 anos na região da Khashimira, em que o Paquistão e a Índia, travam uma disputa insistente pela região, isso porque boa parte da irrigação agrícola do Paquistão nasce de rios oriundos da Índia, o que é agravado pelo derretimento dos glaciais do Himalaia, o que intensifica o agravamento do conflito, dentro de um cenário caótico, de um estado fraco, com escassez de água e cercado pelo inimigo indiano com forças muito superiores.
Em Dafur, no Sudão, as mudanças do clima podem estar por trás da seca que contribuiu para um conflito que já matou mais de 300.000 pessoas, o que podemos constatar é que não pode existir um modelo de desenvolvimento que trate como a principal questão o atendimento pela demanda de consumo, mas sim a busca por soluções que coloquem em pauta, a substituição gradual dos combustíveis fósseis, por fontes de energia limpa e renováveis. O fórum de Copenhague, que tem como intuito substituir e aprimorar o tratado de Kyoto obteve a frustração de obter uma resposta insuficiente, dos dois países que mais consumem energia e emitem Co², os EUA e a China que sofre uma contradição natural (mas que não justifica a degradação ambiental), não quiseram assinar um documento de comprometimento com a redução de emissão de gases nocivos à camada de ozônio.
Na arena global pela busca de soluções para suprimento de suas cadeias energéticas, o tema do estabelecimento de metas para redução de gás carbônico causa muito desconforto, o crescimento da atuação da China nas atividades de comércio exterior, leva muitos ao equívoco de pensar que o país é o maior poluidor do mundo. Mas estudos realizados por instituto de pesquisas corporativas chamado BP Estatitical Review, revela que a China em 2009 consumiu pouco mais de 17% da energia mundial, enquanto os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), consumiram cerca de 49%.Os Estados Unidos com apenas 4,7% da população mundial, consumiram cerca de 20% da energia mundial.
Órgãos mundiais como a OMC (Organização Mundial do Comércio), discutem modos de explorar de maneira sustentável as riquezas da biodiversidade presente no território de países emergentes, que esbarra nas determinações feitas pela CDB (Convenção sobre a biodiversidade), que tem por objetivo conservar esses recursos naturais de grande importância à biotecnologia, junto ao TRIPS que em tradução para o português significa, Acordo sobre os Aspectos dos Direitos Intelectuais Relacionados ao Comércio.
O grande paradoxo disso tudo, põe dois lados opostos na seguinte situação, os países desenvolvidos detentores de tecnologias e de laboratórios para pesquisa biotecnologica, sofre da carência de recursos para realizar seus estudos, por outro lado paises da América do Sul possuem matéria-prima que rende margem aos avanços, mas não possuem meios para realizar as pesquisas. Para isso a CDB prevê no art. 16(5) a necessidade de cooperação internacional a esse respeito mediando à preservação das patentes que permitam essa utilização.
Dentro dessa arena de conflitos, existe outra forte tensão, o ditador do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, tem causado muitos transtornos à construção de uma diplomacia amigável e separada do sensacionalismo religioso e o fundamentalismo presente nos países Islâmicos do Oriente Médio, onde existe grande desrespeito aos direitos humanos de crianças e principalmente de mulheres, somando isso ao governo autoritarista que tem dado sinais de uma movimentação bélica, com lança mísseis terrestres de longo alcance, e a realização de pesquisas nucleares com pretexto de geração de energia, o que não é visto com bons olhos pela comunidade internacional, é lamentável que em um momento em que todos buscam uma solução conjunta aos problemas de sustentabilidade do meio ambiente no mundo, ainda existam ditadores porcos, rabugentos e peçonhentos, que querem dar as cartas, com o aval de seus corruptíveis e omissos sacerdotes.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Infra-estrutura x desenvolvimento sustentavel

As polemicas que envolvem as mais novas obras de infra-estrutura , como o Porto de Açu, a hidrelétrica de Belo-Monte e a hidrelétrica de Santo Antonio, evidenciam o quanto o setor publico esta em descompasso com o progresso, lideres de oposição atacam iniciativas privadas que são a única opção de desenvolvimento sustentado e sustentável para o país, ONG´S que não se sabe a serviço de quem, se mobilizam para impor empecilhos a obras de grande importância para uma região, castigada pelo desemprego, pela fome e pela violência da ganância de governantes alheios as necessidades de uma população a muito tempo esquecida pelo estado, a classe política alem de não fazer sua parte, garantindo condições mínimas de infraestrututura para o crescimento econômico do país, ecoam sorrateiramente discursos hipócritas atacando os empreendimentos que trarão renda e meios de subsistência para uma região pobre e abandonada, o Estado de Rondônia que já teve 40% das florestas devastadas para abrigar cerca de 12 milhões de cabeças de boi e também um projeto oneroso aos cofres públicos, que nos anos 60 pôs em regime semi-escravo milhares de trabalhadores, que foi a ferrovia Madeira – Mamoré, demonstram o velho ranço político característico do atraso, predominante dos homens escolhidos para conduzir os rumos de uma nação corroída pela corrupção e sugada pelo retrocesso e pela burocracia.
A usina de Santo Antonio nasce com três objetivos estratégicos; uma delas é fornecer parte da energia limpa que o Brasil precisará para se desenvolver nas próximas décadas, atendendo a demanda de consumo enérgico de cerca de 10 milhões de pessoas, ao contrario da termelétrica em atividade em Rondônia que consome cerca de 1 milhão de litros de óleo por dia, despejando toneladas de C0² na atmosfera; outra é provar que um megaprojeto de infra-estrutura pode ser feito na Amazônia, que concentra dois terços do potencial hídrico inexplorado do país e também o mais rico e vulnerável de seus biomas. O consorcio vencedor da licitação promovida em 2007 pelo governo, investe 900 milhões de reais num programa que cobre desde formação de mão de obra local e construção de moradias, escolas, hospitais e reflorestamento, uma vez que a legislação ambiental tem avançado, devido ao empenho de institutos e órgãos responsáveis por uma condução mais transparente de uma política ambiental efetiva, dispondo de um código florestal, que evolui e pode ser ainda mais aprimorado de acordo com as necessidades que exige a implementação de um desenvolvimento sustentável.
A crise financeira que assolou os EUA e que estremeceu as bases da União Européia fez com que os grupos privados de paises desenvolvidos buscasse uma fuga rápida para seus capitais, tornando os emergentes um campo fértil e estratégico para seus empreendimentos, o que traz o alerta de aproveitar os ventos favoráveis para bons negócios e investimentos ainda mais expressivos em infra-estrutura, independente da burocracia que envolve as licitações de tais obras, é fato que são fundamentais para o crescimento e para as mudanças sociais e econômicas que possibilitem o progresso.

Esaú e Jacó na republica do pau de arara

Em uma de suas mais célebres obras "Esaú e Jacó" Machado de Assis retrata cenas de um cotidiano conturbado pela novidade da república e pela derrocada do imperialismo. Tudo isso fica bem explícito no capitúlo "Manhã de 15" em que o conselheiro Aires sai de casa e encontra a cidade do Rio de Janeiro em estado de anarquia, tomada por conflitos entre partidários do império contra manifestantes pela república e ao parar na confeitaria de seu compadre Custódio, vê seu companheiro em um dilema para escolher o nome mais apropriado ao seu esbelecimento. E daí que se segue um diálogo entre os dois, com varias sugestões, a primeira delas foi a "Confeitaria da Republica", que logo foi descartada devido ao fato de poder haver nova virada de mesa do império e isso lhe causar prejuízos patrimoniais, a segunda alternativa seria a "Confeitaria do governo" porém como todo governo tem oposição, logo a idéia foi eliminada, o conselheiro Aires recomendou a Custódio que colocasse o título "Confeitaria do império - acrescentando: fundada em 1860 em letras menores, sugestão logo descartada por Custódio, já que a populção poderia se fixar nas letras maiores e trazer mais transtornos. Por fim ficou decidido por "Confeitaria do Custódio para evitar atritos, esse trecho da obra acaba evidenciando o pecado original da república, que sempre foi deixar alijada do processo democrático a população que por sua vez desinteressava-se de qualquer assunto referente a questão, ou por temer represálias, ou por apenas imaginar qual seria o desfecho de tudo isso, com pouca participação nas decisões o povo tomou as ruas para fazer valer o contrato social, uma vez que a republica em seus moldes tupiniquins passou de longe de sua proposta original, ora prevelecendo a corrente liberal do movimento, que dava mais autonomia a população, ora a federalista, que embora dá-se margem para a escolha dos representantes, atribuia as oligarquias maior força decisória. Através de um sistema eleitoral, que deixava de fora os analfabetos que correspondiam cerca 75% da população, subtraindo ainda as mulheres, os homens menores de 21 e os estrangeiros, a democracia da república do pau de arara dava a apenas 2% dos cidadãos o direito a voto. O problema da ausência do povo nas decisões, ou a falta de consciência demócratica que se fixa nas raízes culturais da nossa política e não apenas na falta de instrução da populção, que também decorre do desinteresse dos governos em promover a inclusão através do investimento em educação desde a base, e não apenas tapando o sol com a peneira, liberando, quando ainda sim se liberados recursos as Universidades, o Brasil amargou anos da degradante tomada do militarismo sobre o estado por motivos pouco convincentes de ameaça comunista, no fim do ano passado lembrou-se dos 40 anos da criação do AI 5, ato instituicional que manchou de sangue a história política nacional, até o golpe sobre o golpe em 64 e por fim o movimento pelas diretas em 1982, movimento que tomou o país, levando somente em Curitiba cerca de 60 mil pessoas as ruas, para em 1988 aprovar a vigente constituição com um discursso categórico de Ulysses Guimarães, chamado pelos companheiro de guardião da constituição. Muito já progredimos, e hoje somos o epicentro da América do Sul democrática, enquanto movimentos desestabilizam a democracia na Bolívia, tragédias economicas torturam a Argentina e a tirânia de Chaves faz sofrer nossos irmão venezuelnos, dissolvendo o congresso e fazendo referendos pau mandados, enquanto o presidente Lula que tanto lutou por direitos cívicos, diz que deve ser respeitada a soberânia

Congresso quer acelerar processo degradatório no sul

É com grande desapontamento que venho alertar aos irmãos que acreditam na manutenção de um crescimento economico associado ao desenvolvimento sustentável como alternativa de impulso a economia, que trago um alerta aos jovens ambientalistas. Esta em estudo pelo governo federal a implantação de 3 Usinas termoelétricas, que ao que tudo indica serão construidas no sul do país, as novas termoelétricas serão movidas por matrizes sujas, como óleo diesel e carvão, lançando na atmosfera cerca de 39,3 milhões toneladas de CO² (gas carbonico), o que equivale a três vezes mais que o emitido por usinas a gás, que emitiram 14,4 milhões de toneladas no ano de 2008. A estimativa é que o volume de emissões equivalerá à poluição gerada por 44 milhões de carros pequenos a gasolina. A Senge-PR (sindicato dos engenheiros do Paraná) moverá esforços para que o debate possa alcançar o mesmo grau de mobilização, que o referendo para a privatização da copel que conseguiu leventar 147 mil assinaturas no inicio da década.É fato que é latente a necessidade de ampliação da produção de energia, diante da demanda por investimentos exigidas pelo crescimento do consumo e aumento de produção da industria nacional. Porém não foi estudada a fundo a opção por energia éolica (a energia dos ventos), por haver um pretexto cada vez mais combatido, de que não seria viavel financeiramente, o que é desmentido por maioria das Ong´s, na India foi elaborado um programa de produção de energia eólica na década de 80, que reverteu em 50% o uso da energia em seu mercado interno, potencial que tornou o país um dos maiores exportadores de turbinas eólicas. No período de estiagem no sul é registrado a maior incidencia de ventos do Brasil o que pode significar um estimulo a utilização da nova matriz de energia, é preciso que aja uma mobilização quanto a essa questão, pra que esse fato não venha fazer com que a imagem do crescimento sustentável alcançado pelo país, não se reverta negetivamente num desenvolvimento degradante e insustentado.